Um pedacinho de paraíso...
Realmente...
O prazeroso fato é que hoje mesmo, logo pela manhã, ao acessar as minhas redes sociais, capturei uma imagem que mais me pareceu um pedacinho do paraíso incrustado na terra.
Era a foto de um local lindo, maravilhoso e paradisíaco...
...Um pedacinho de paraíso, devidamente emprestado do Google Imagens, esse baita colaborador dos sonhadores feito eu.
Nem tive dúvidas e tal como as abelhinhas lasquei o meu compartilhador virtual e mental sobre a lindíssima paisagem, e agora busco fazer a minha parte, trazendo-a de volta com o registro das minhas impressões...
Também ali muitas pessoas estavam felizes, os seus semblantes assim afirmavam, mesmo que momentaneamente, mas muito felizes...
Entretanto, a mim me cabe aqui uma pequena mas insistente indagação: Qual ser humano já foi feliz por uma vida inteirinha, ininterruptamente, senão realmente por pequenos lapsos de tempo ou deliciosos momentos?
Será que aquela bucólica e obediente vovozinha... aquela criatura humilde e obediente que de perto segue o seu companheiro desde a quase adolescência ainda... Nas árduas caminhadas pelas veredas da vida, realmente foi feliz por tanto tempo?...
...Ou apenas o casal de velhinhos apenas e tão somente se acostumaram um ao outro ao ponto de não se permitirem em hipótese alguma a separação?
Isto não é devaneio, amados meus! Mas racionalismo poético, amados leitores...
Que tal os monitores lá daquela assustadora UTI hospitalar marcando uma linha retinha, retinha, retinha.... Seria aquilo um sinal de que o paciente estaria saudável e feliz naquele momento? Que nada!
Quando tudo está certinho demais é sinal de que nada está assim tão certinho... E quem disse que as coisas tem de estar certinhas, certinhas, para que assim possamos ser felizes?
Foram nos mais assustadores momentos de minha vida que mais me senti feliz... Momentos que nunca e nunquinha consegui emendá-los um ao outro para tentar eternizar a minha felicidade.
Momentos...
Fugazes e fugidios momentos de felicidade!...
Todos nós já os vivemos... Mas teimamos por que teimamos em lembrarmos apenas da felicidade dos outros ou dos nossos momentos infelizes...
- Por quê? Juro que não sei. Quem souber responder corretamente tal difícil indagação, que poste uma boa resposta na minha página, please!
A minha alegria poética reside em identificar os momentos felizes na vida de alguém... E mostrar tais momentos felizes para outrem que como eu, em tantos momentos fui, e ainda sou bastante infeliz...
Então, faço por que faço, das tripas coração... Para praticamente obrigar a todos os que de mim se achegam a enxergarem e gravarem e reeditarem os momentos em que foram realmente felizes...
Para que, então, e só então, assim bem provocados e arejados e estimulados...
Todos possam viver, e reviver... E tornar a viver e reviver, intensamente! Os seus inesquecíveis momentos de real, e palpável, e contagiante felicidade.
Um beijo, e um abraço poéticos!...
Armeniz Müller.
...O arrazoador poético.