Esta minha difícil dualidade...
A minha difícil dualidade...
...seria a raiz de tantos males?!
Para aqueles que nisso acreditarem...
...Comigo tal realmente assaz acontece!
Em qualquer tempo e lugar...
E no especialíssimo
Aspecto passional da vida!
Todos sabemos que viver, por simplesmente viver...
... Sem amor e sem sexo
Não há quem possa nem ao menos sobreviver.
Negue quem puder...
Que o amor e o sexo são, disparados
Os melhores bônus
Que a vida pode nos oferecer...
Pois não é através deles
Que tudo o mais
De bom e maravilhoso teremos
Para uma vida plena de realizações e satisfação pessoal?
Sim, sim... Yes, my friends!
Tudo de bom e maravilhoso a vida nos dará
Sim, sim!
Tudo virá através desse maravilhoso
Estado de espírito e de alma...
Que só a satisfação sexual
E a segurança
Do amor correspondido
Poderão nos oferecer.
Mas então
Onde entra a tal difícil dualidade?
Pois quê!
Dual não é, então, tudo aquilo que se nos apresenta
Em duplicidade de realismo?
Tudo aquilo que nos prega troça através de Verdadeiras bifurcações situacionais...
Ou seja...
Os fatores externos que influenciam diretamente
Em nosso comportamento, diante desta ou daquela situação?
Pois é...
Particularmente em minha vida
Isso...
A dualidade assaz realmente acontece...
Vida madrasta, vida desdenhosa
Vida impertinente
Vida sagaz...
... Vida teimosa em multiplicar
ou bifurcar situações
As mais intrincadas ou complexas...
Que este pobre desorientado emocional...
... Pensando ser um poetinha
Em sã consciência... Jamais poderia enfrentar.
Pois é...
Isso de ruim em minha vida está sempre e sempre a acontecer!
Derivando de uma simples paquerinha
Ou conquista no campo sentimental...
...Até uma importante decisão na área profissional.
Sempre ali estarão
Duas a duas
As situações, prontas a confrontar!
E a dividir
E a dispersar
O meu já debilitadíssimo poder de decisão...
Amadas, amantes!
As companheiras de alcova e de bem viver?
He, he, he!
Ora, ora, ora! Essas também sempre duas ou mais...
Que escassez, miserê
E penúria...
No amor é bobagem.
É dessa triste forma que a vida dual faz em vão sofrer...
... Enquanto falsa e risonha, escarnece e desorienta e pisoteia
Este pobre e mal-amado coração.
Aliás, no campo das oportunidades e do sucesso material
Fui sempre mui bem aquinhoado...
Mas
Adivinhe quem estava sempre por lá...
... A dificultar toda e qualquer decisão
Senão ela, a "dona" dualidade?
Parece brincadeira...
Mas é fato real, concreto
em minha vida
Essa tal dualidade...
Madrasta impiedosa, sangue estranho...
Frieza no trato
E convívio bem do tipo bate e volta...
Tudo e mais um bom tanto
Fazendo
Para prejudicar este pobre enteadinho
Que jamais pôde livremente escolher
Ao menos onde estar...
Quem me dera um dia tivera calma e concentração
Para bem escolher... Dentre tantas...
Uma!
Apenas uma...
... Das comumente múltiplas alternativas que se me apresentaram
Para ser bem-sucedido na vida econômico-social...
Serenamente podendo escolher.
Quem me dera!
Quem me dera!
Oh vida, Oh céus!
Por que uma vida assim dual?
Por quê?
Seria devido à especial natureza emotiva do poeta
Constantemente inseguro no seu eterno meditar...
... Sem nunca o seu barco, como os comuns navegantes
Lastrear...
Ou as suas âncoras,
permanentemente, lançar?
Triste destino
Dos que foram lançados nesta vida
Assim, assim...
Para viverem etereamente,
sempre e sempre a imaginar...
Principalmente...
...no campo sentimental!
Pois quê...
Essa é, em síntese e em poucas palavras e tristes,
mas reais palavras...
A dualidade que por toda a vida esteve
sempre e sempre
A me confrontar
E enfraquecer a minha já débil vontade
em relação ao lado material da vida.
Contudo...
Lá no fundo, no mais profundo
de minh'alma, eu sei...
Ah, isso, como bom poetinha que sou
Eu bem sei...
He, he, he!
Que algo de muuiiito bom
em minha vida...
... Mais dia menos dia,
acontecerá!
Nem bem por mim...
Que um desbotado e esfiapado
E esfarrapado cobertor
a mim me basta para aquentar...
Mas, principalmente,
Pelos meus familiares...
Os quais, tadinhos!
Muito embora todos já abençoadamente encaminhados na vida material
Não mereceriam sofrer pelas minhas "bobices"...
Bem como acordo e me levanto diariamente a torcer
Por todos aqueles que de perto me acompanham
Ou os meus textos... pacientemente
Estão sempre a ler
Buscando assim um pouco mais me compreender...
Realmente!
Penso que nenhum deles mereceria, só por me acompanhar
Quiçá, vir comigo a perecer.
Mas, acima de toda e qualquer dualidade
Que se me perpetue a ocorrer, merecem...
E terão sempre em mim
- Disso podem estar bem certos... -
Um permanente elemento de propulsão psicológica
Para em todos os campos da vida
Triunfarem.
Às cobras e lagartos, com essa difícil
E escorchante
Dualidade em minha vida...
Xô!!!
Armeniz Müller.
...O arrazoador poético.
poetinhaarmeniz@Gmail.com