• VULGAR ¹

Moço, posso parecer mais vulgar hoje, mas fui moça direita, fui moça com coração ingênuo e inocente. Moço, fui casta e inocente, mas quando invade minha mente, e provoca minha imaginação, não consigo compreender, não consigo controlar, e mesmo no espelho não reconheço mais quem sou.

Moço, posso parecer mais vulgar hoje, mas quando invade minha mente, e provoca minha libido, perco todo controle, e meus desejos e vontades, sob sua intenção são revelados. Como posso compreender tudo que faz sentir, quando mesmo distante invade minha mente, quando provoca minha imaginação e fico entregue a lascívia e lúxuria de seu profano coração.

Moço, posso parecer mais vulgar hoje, mas é na noite, quando parece sussurrar e murmurar em meu ouvido, que meu corpo contorce em ansiosa inquietação, pelo toque mais ousado, pela carícia mais ardente, por sentir suas mãos e boca a percorrer meu corpo por inteiro, e em murmúrios e gemidos arrancar de meus lábios em confissão, os segredos e mistérios, de meu profano e indecente coração.

Moço, posso parecer mais vulgar, por vezes indecente, mas fui moça direita, de família, uma boa filha, mas quando invade minha mente, quando faz meu corpo arder, nada faz mais sentido, do que ficar entregue aos seus caprichos, de estar entregue aos seus domínios, ser dominada, ser rendida, ver em seu olhar, meu coração e alma refletidas em verdadeira devoção.

Moço, posso parecer mais vulgar, do que poderia imaginar, mas fui moça direita, com coração inocente, mas quando provoca minha mente, quando instiga e atiça minha imaginação, posso mesmo sentir seu toque mais profano, seu sussurro a convidar, como fosse uma intimação. É que quero estar sob seus caprichos, seus mais cruéis cuidados, ser desvendada, ser revelada, ser conquistada, ser dominada, ser rendida, ser domada, sentir o poder que exerce em mim, sentir na pele desnuda, o poder de suas mãos.

Moço, posso parecer vulgar, mas esse não é mais um segredo, um mistério em mim por revelar, nada em mim, faz sentido, quando ouço seu sussurro em meu ouvido, quando sinto minha respiração acelerar, desejo de sentir no corpo sua posse, ser por todo sempre, indecente e devassa, ter na pele marcada, as marcas da alma e do coração. Porque, talvez pareça mais vulgar, mas quando desperta em mim, esses desejos e essas vontades, não ouso negar, não quero controlar, tudo que posso querer, por tudo que posso ansiar, é que por hoje, satisfaça, e sacie as vontades e desejos, de quem pode ter meu corpo por inteiro, por possuir minha alma e coração, sem qualquer pudor. Porque quando invade minha mente, provoca minha imaginação, mais do que possuir meu corpo, mais do que controlar meus desejos e vontades, pode ficar a vontade, por dominar e render minha alma e coração

• Damien Lockheart ¹