Uma arquitetura ficcional
Eu quero começar com o pé-direito,
Uma planta alta lá no jardim,
E uma planta baixa no vaso da sala,
Quero muralhas de concreto,
Para me guardar do ladrão da caixa-d´água,
Uma caixa de gordura para preservar o coração,
Quero um pavimento no prumo,
Com vários ralos, para escoar lágrimas e maus olhados,
Gelosias coibindo indiscrições,
Uma varanda, para ela rodopiar cirandas,
Um quarto bem pequeno,
Ainda que a ternura seja grande
Quero estreitar o nosso amor