Chegar a algum lugar .
Naquela manhã ,tão cedo, as tarefas lhe aguardavam
Primeiro os cristais , a porcelana e a prataria
Calçou as luvas primeiro, as flanelas e o demais
Silenciosa como sempre, até no seu andar
Com o cuidado de um duende ,para nada quebrar
Não poderia ser notada, nem ter noites encantadas
Quase não poderia existir, não sentir e nem chorar
A sombra lhe disse "bom dia", e ela apenas sorriu, tímida.
O silêncio da mansão a assolava , dia a dia
Aniquilava a sua juventude, seus vinte anos de flor.
As horas lhe pareciam anos, e uma peça por descuido, de suas mãos lhe escapou
Partiu-se em mil pedaços, como parte de si
Do seu próprio coração, e num sobressalto de espanto
Sem culpa , pois não sentia, tirou as luvas com calma,
No convívio da sua alma, sem lágrimas e sem palavras,
Deixou o restante como estava, desceu decidida as escadas, e se foi
Nem sequer olhou para trás, a sua morte não lhe cabia
A vida , ainda que insegura, é repleta de magias.
Naquela manhã ,tão cedo, as tarefas lhe aguardavam
Primeiro os cristais , a porcelana e a prataria
Calçou as luvas primeiro, as flanelas e o demais
Silenciosa como sempre, até no seu andar
Com o cuidado de um duende ,para nada quebrar
Não poderia ser notada, nem ter noites encantadas
Quase não poderia existir, não sentir e nem chorar
A sombra lhe disse "bom dia", e ela apenas sorriu, tímida.
O silêncio da mansão a assolava , dia a dia
Aniquilava a sua juventude, seus vinte anos de flor.
As horas lhe pareciam anos, e uma peça por descuido, de suas mãos lhe escapou
Partiu-se em mil pedaços, como parte de si
Do seu próprio coração, e num sobressalto de espanto
Sem culpa , pois não sentia, tirou as luvas com calma,
No convívio da sua alma, sem lágrimas e sem palavras,
Deixou o restante como estava, desceu decidida as escadas, e se foi
Nem sequer olhou para trás, a sua morte não lhe cabia
A vida , ainda que insegura, é repleta de magias.