APENAS UM POUCO DE MINHAS VIVÊNCIAS... (bobagens!)
O céu a se fazer... escuro e sombrio
E o vento é tão triste!
Da brisa a vagar solitária nas ruas
E os rouxinóis de outrora já não mais cantam... calaram-se
Para aonde fugiu a alegria dos que se embriagavam?
Tê-la-ia então morrido?
E está tud’assim tão distinto!
Vede que nada mais se é o mesmo d’antes
Tudo acabou!
Pedir... e dar...
Ofertar e querer d’alguém... o seu perdão
Julgar... condenar... e a outrem... pouco... perdoar
E assim tantas vezes somos:
Ou juízes... dos outros
Ou... os seus réus
E às vezes
(se não, sempre)
Pedir o perdão de alguém
É, para ele, mais valioso do que pedir-lhe qualquer outra coisa
Como emprestado dinheiro... ou outro singular favor
Até por que, quando se pede... eis que deseja-se então receber
O mais rápido
Para que então venha suprir... sua necessidade do momento
Ah, e muitos não pedem por vergonha de su’indigência
Ou mesmo por orgulho de que... não deveriam pedir
Que pena!
E destarte não recebem... o perdão... de que precisam
Não reatam sua convivência e amizade de outrora
Não se importando em se desvincular com outras almas
Morrendo... para os demais... para sempre
A preferir (oh, que bobagem!) pedir o perdão a um padre
Aquele que não sentiu a ofensa recebida de quem a deu
Como a pensar para si mesmo:
Perdoado pelo sacerdote não irei jamais para o inferno
Quanta tolice!
Quando em verdade nele e só nele em todo o tempo estará
No inferno de que se é em ser inimigo de alguém
E deste modo o continuamente o será...
Oh, há quem diga que só misericordiosos é que sabem perdoar
A ofertar n’indigência dos que pedem... o seu perdão
Eu, porém digo:
"Apenas os fortes é que perdoam
Visto que somente eles é que “podem” de fato... o inimigo amar
Para, em conseqüência de seu amor, poder também... perdoá-lo"