APENAS UM POUCO DE MINHAS VIVÊNCIAS... (bobagens!)

O céu a se fazer... escuro e sombrio

E o vento é tão triste!

Da brisa a vagar solitária nas ruas

E os rouxinóis de outrora já não mais cantam... calaram-se

Para aonde fugiu a alegria dos que se embriagavam?

Tê-la-ia então morrido?

E está tud’assim tão distinto!

Vede que nada mais se é o mesmo d’antes

Tudo acabou!

Pedir... e dar...

Ofertar e querer d’alguém... o seu perdão

Julgar... condenar... e a outrem... pouco... perdoar

E assim tantas vezes somos:

Ou juízes... dos outros

Ou... os seus réus

E às vezes

(se não, sempre)

Pedir o perdão de alguém

É, para ele, mais valioso do que pedir-lhe qualquer outra coisa

Como emprestado dinheiro... ou outro singular favor

Até por que, quando se pede... eis que deseja-se então receber

O mais rápido

Para que então venha suprir... sua necessidade do momento

Ah, e muitos não pedem por vergonha de su’indigência

Ou mesmo por orgulho de que... não deveriam pedir

Que pena!

E destarte não recebem... o perdão... de que precisam

Não reatam sua convivência e amizade de outrora

Não se importando em se desvincular com outras almas

Morrendo... para os demais... para sempre

A preferir (oh, que bobagem!) pedir o perdão a um padre

Aquele que não sentiu a ofensa recebida de quem a deu

Como a pensar para si mesmo:

Perdoado pelo sacerdote não irei jamais para o inferno

Quanta tolice!

Quando em verdade nele e só nele em todo o tempo estará

No inferno de que se é em ser inimigo de alguém

E deste modo o continuamente o será...

Oh, há quem diga que só misericordiosos é que sabem perdoar

A ofertar n’indigência dos que pedem... o seu perdão

Eu, porém digo:

"Apenas os fortes é que perdoam

Visto que somente eles é que “podem” de fato... o inimigo amar

Para, em conseqüência de seu amor, poder também... perdoá-lo"

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 10/07/2018
Código do texto: T6386111
Classificação de conteúdo: seguro