AS MINHAS MÃOS

Minhas pequenas mãos murcharam

como as flores de um jardim sem vida

Não mais louvaram as alegrias vividas

Nas manhãs em que o sol ainda dormia

Não mais acariciaram a tua face querida.

As flores do meu jardim tão cheio de vida

Elas regavam com desmedido carinho.

Minhas mãos eram companheiras e escravas

Das tuas mãos e entrelaçadas com elas viviam

No aconchego dos lençóis do nosso ninho.

No doce aconchego, sem querer elas adormeciam

Ah, minhas mãos, agora solitárias, estão frias...

Elas que de carinho sempre estavam fartas,

Hoje pendem inertes como flores murchas, sem vida,

Dias após dias chorando saudade nas noites vazias...

Minhas mãos, ah, minhas mãos murchas e tristes,

Que não conseguem sequer uma carta escrever

Nem um lenço segurar para uma lágrima enxugar,

Estão cruzadas sobre o meu peito frio e vazio

Onde o coração triste insiste quer parar de bater...

regynacarvalho
Enviado por regynacarvalho em 09/07/2018
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