Depois da batalha.

            Abriu os olhos, ainda cansado
            Seu corpo estivera "naquele" campo
            O sangue lhe deixara um gosto amargo
            De luta e dor, e agora apenas olhava
            Com o que o coração permite ver
            Estivera tanto tempo em combate ?
            As marcas pelo corpo lhes respoderam !
            A espada no canto semi-escuro do quarto
            Agora calada, e ela que a tantos calara...
            Quedara-se assim postada, desembainhada
            Então olhou a sua mão direita e pensou
            Sobre as conquistas e derrubadas, sobre
            O seu próprio suor sobre a terra, que não o quis
            O gosto de sal rejeitado pelas entranhas
            O que dele restara sem derrotas , enfim ?
            As suas vitórias foram dadas a outros
            Os seus anseios foram largados no solo
            Com rasgos da sua própria carne
             Um cavaleiro sem elmo ,olhando o céu
             Em batalhas desiguais e glórias sem luz
             O que sempre quisera se foi, não pudera ter
             Agora que tudo acabou, já não existem mais.
             Não há remorsos sem culpas, nem perdão
             sem pecados,   só a tristeza da razão
             Em um corpo dilacerado !
           
           
           

 
Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 04/07/2018
Reeditado em 04/07/2018
Código do texto: T6381062
Classificação de conteúdo: seguro