do Incognoscível
Subjacente à minha forma e conceitos de mim
jaz o incognoscível.
Sem nome e sem forma, repousa calada
minha verdadeira natureza.
Presencia minhas representações do mundo,
assiste a dança das sombras projetadas
nos corredores da minha mente:
meus anjos,
demônios,
etc.
Voltado para fora, a ignoro.
Tomo por minha salvação ídolos esculpidos por mãos humanas.
Enrodilho-me em teias de
escrituras sem fim,
palavras sem fim,
argumentos sem fim,
entre outras todas
razões e justificações possíveis
para não encarar a face onipresente
do Incognoscível.
Entre mapas,
fronteiras,
símbolos,
bandeiras,
e escrituras sagradas,
confundo-me com minha casca,
mas a Voz do Silêncio se impõe
sobre os berros e birras
do Eu.
https://www.youtube.com/watch?v=TXhnN3ase9E