do Incognoscível

Subjacente à minha forma e conceitos de mim

jaz o incognoscível.

Sem nome e sem forma, repousa calada

minha verdadeira natureza.

Presencia minhas representações do mundo,

assiste a dança das sombras projetadas

nos corredores da minha mente:

meus anjos,

demônios,

etc.

Voltado para fora, a ignoro.

Tomo por minha salvação ídolos esculpidos por mãos humanas.

Enrodilho-me em teias de

escrituras sem fim,

palavras sem fim,

argumentos sem fim,

entre outras todas

razões e justificações possíveis

para não encarar a face onipresente

do Incognoscível.

Entre mapas,

fronteiras,

símbolos,

bandeiras,

e escrituras sagradas,

confundo-me com minha casca,

mas a Voz do Silêncio se impõe

sobre os berros e birras

do Eu.

https://www.youtube.com/watch?v=TXhnN3ase9E

Chrystian Revelles
Enviado por Chrystian Revelles em 27/06/2018
Reeditado em 25/07/2018
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