DEIXEI PASSAR
(Pr/Poét/23)
Deixei passar a sombra dos luares, os dias calmos nas manhãs e a alegria nos altares. Deixei passar a ânsia não vivida, o amor no pensamento mudo e vida não vivida. Deixei passar a procissão e a romaria, a cor, a lúcida visão e o sonho no amanhecer do dia. Deixei passar o sorriso branco do mar, o silêncio das estrelas e a tua voz a cantar. Deixei passar a realidade exterior em vasta dimensão, a revoada dos pássaros sobre o rio que cantara para mim nas margens do abismo. Tantas coisas deixei passar por sentimento confuso que me induziu seguir sem paisagem e gozo dos verões e no exílio das estações, a dor do erro, me acorda indeterminada, despindo-me de sonho sem vela a largar, coração proscrito e alma voltada à solidão.
Anesi Dias
(Pr/Poét/23)
Deixei passar a sombra dos luares, os dias calmos nas manhãs e a alegria nos altares. Deixei passar a ânsia não vivida, o amor no pensamento mudo e vida não vivida. Deixei passar a procissão e a romaria, a cor, a lúcida visão e o sonho no amanhecer do dia. Deixei passar o sorriso branco do mar, o silêncio das estrelas e a tua voz a cantar. Deixei passar a realidade exterior em vasta dimensão, a revoada dos pássaros sobre o rio que cantara para mim nas margens do abismo. Tantas coisas deixei passar por sentimento confuso que me induziu seguir sem paisagem e gozo dos verões e no exílio das estações, a dor do erro, me acorda indeterminada, despindo-me de sonho sem vela a largar, coração proscrito e alma voltada à solidão.
Anesi Dias