Das pessoas, comum a luz
Descendo ladeiras na emoção fragmentada: ora felicidades, ora tristezas infundadas. As ruas vestem pessoas de encontros e levam rostos de saudades. Acenos e apertos de mãos.
A vida é mesmo passagem, confeccionando retratos nos vitrais do tempo. Janelas de edifícios no fim de tarde, refletem pedaços amarelos de sóis se pondo. Sorrisos e cansaços se entrelaçam na jornada cumprida.Virá novamente, a noite com suas cortinas escuras, fechando o palco; as cenas continuarão a acontecerem.
Todos os enredos familiarizam-se no mesmo cenário, sem prévias de desfecho. Incide o amor e no outro canto, o ódio.
E os personagens se perdem na busca de significados.
As contradições e as dessemelhanças, sempre dançam agarradas à sobrevivência. Há quem acumula valores e outros que colecionam favores. Assim há frio e outros tantos, calores.
As avenidas se fartam de máquinas, os homens se faltam de sentimentos. Os crimes esperam a noite para se fazerem fatais.
Olhares dispersos na multidão, orbitando no espaço que demarca as construções. Sociedade de luxo e de lixo... O tempo condecora com medalhas de fulgor e escuridão, ofertando dias e noites.
Haja luz própria como o sol;
E luz a se arranjar como lâmpadas inventadas.
As pessoas possuem o dom de se fazerem brilhar, ou pelo menos se refletir nos feixes grandiosos da emanação alheia e benfazeja.