A Caixa...

Uma caixa no meio do salão...

Longo é o seu piso...

E brilha...

E espelha a caixa em seu piso brilhante...

Rosa é toda cor...

Amarelas todas as luzes...

Brancos os céus...

Uma caixa de papelão...

E de fora são campos ao redor...

E dentro um salão...

O que há na caixa...

Há em sua volta cores rosa...

Amarelados olhos de proteção, em volta e meia...

Naquela caixa exposta...

Num longo brilho...

Interrompido pela silhueta cinza...

E caminha para caixa...

Leve desliza...

Enfrente a ela para...

E sem face olha para quem narra...

E quem narra cala...

E volta em passos para a caixa...

Abrindo sua tampa...

No interior da caixa uma criança...

Calada narra...

A surpresa do tempo...

Que cinza passa leve...

Num grande salão...

Longo e brilha...

A criança se solta da caixa, que o tempo abriu...

Maravilhada a criança narra...

Sua volta inteira...

Em todos os detalhes...

Fala em palavras...

O que sua caixa contém...

O que contém a caixa que a criança tem...

O poeta...

E sua poesia.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 23/06/2018
Código do texto: T6371476
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