Naufragar...

O barco talhado na madeira...

Navega na beira...

No mar pensante...

À noite navegar...

No oceano teu...

As estrelas os corais...

Em teu colo ancorar...

Solar aconchego...

As tempestades são pingos, lácteas vertigens...

Nas ondas destas noites...

Teu olhar lunar...

As asas da nau...

Guia-me teus ventos...

Os planetas arquipélagos...

Guia-me ao teu leito...

Sem respiração deito...

Minha respiração em teus lábios,...

Cai em meus braços, uma estrela cadente...

E carente me desfaço...

Enlaço tua pele a minha...

E num corpo celeste nasce...

O espaço incomum...

Preenchendo o teu e você vivendo loucamente...

No meu...

Vestes minha alma...

Em teu espírito, me vejo...

A lua nova...

E um velho pescador...

Naufragando nos oceanos do silêncio...

Pescando estrelas...

Remando seu pensamento...

Sem ancora...

Guiando-se...

Pelos olhos da alma tua...

E correntezas da sintonia...

Sem vara ou isca...

Seu coração fisgado...

Anuncia...

Neste mar...

Sempre irá...

Naufragar.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 19/06/2018
Código do texto: T6367935
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