O Sol e a Lua
A Lua estava só. Envolvida em seus pensamentos sem brilho no escuro sem cor e sem calor.
Pensava que em algum lugar na Terra haveria algo que lhe fizesse sorrir novamente e lhe trouxesse esperança de se sentir viva!
A Lua pensava, ruminava e reformulava aquilo que desejava... O tempo foi passando! A brisa fria soprava forte seus cabelos esvoaçantes lhe moldava o rosto triste.
As lágrimas congelavam na face de porcelana, gélida e branca.
Ainda estava respirando seu pulso ainda pulsava lento, mas pulsava.
Quase sem esperança a Lua ia desistir de esperar que algo bom lhe acontecesse, quase conformada com sua sina de ficar sozinha ia fechar os olhos num gesto de que o fim chegou... Ela não sabia que tudo tem seu tempo e que ninguém sabe quando. Assim tão de repente num dia qualquer a Lua sentiu um calor entrando em seu frágil corpo esse calor derreteu seu gelo, iluminou seu dia e fez seu olhos brilharem, o riso foi inevitável e quando a Lua sorriu tudo se fez mais belo! Pássaros cantavam, flores se abriam e as borboletas voavam de um lado para o outro anunciando a chegada de um novo dia; a partir desse dia a Lua teve a certeza de que seu amor maior era ele... o sol.
Apaixonados fizeram um acordo: Não viveriam nem um dia mais sem o outro. A noite precisa da lua para pratear os caminhos e embelezar o céu, para mostrar que o tempo está passando e as fases da lua são importantes.
O dia precisa do sol para aquecer e clarear a terra e tudo que nela há.
E logo bem cedinho o Sol dá um beijo na sua amada lua desejando um lindo dia... No fim da tarde ao som do crepúsculo os dois se amam e terminam o dia num longo e delicioso beijo.
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