As tramas do infinito

Todos os dias invento

Um pouco do infinito

Todo dia lembro

Como sei que sou finito

Teimo em pintar de azul

O que penso do infinito

E vou cosendo tranqüilo

O que entendo por infinito

Todos os dias me lembro

Que lá fora há infinitos

Eu daqui de dentro

Remonto e monto

E apronto o infinito

Sei que por ser finito

Homem de pouco tamanho

Quase nada de espessura

Vou compondo devagar

O que suponho ser

O sagrado infinito

Nunca vi muita coisa

E pouca coisa conheço

Mas não deixo de tecer

Um só dia as tramas

Do infinito

Milton Oliveira

28jul/2017

milton antonios
Enviado por milton antonios em 15/06/2018
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