As tramas do infinito
Todos os dias invento
Um pouco do infinito
Todo dia lembro
Como sei que sou finito
Teimo em pintar de azul
O que penso do infinito
E vou cosendo tranqüilo
O que entendo por infinito
Todos os dias me lembro
Que lá fora há infinitos
Eu daqui de dentro
Remonto e monto
E apronto o infinito
Sei que por ser finito
Homem de pouco tamanho
Quase nada de espessura
Vou compondo devagar
O que suponho ser
O sagrado infinito
Nunca vi muita coisa
E pouca coisa conheço
Mas não deixo de tecer
Um só dia as tramas
Do infinito
Milton Oliveira
28jul/2017