MONÓLOGO DAS FLORES
Flores, quem as quer?
Trago comigo este ramalhete para dividir com todos.
Que flor prefere?
A rosa, o cravo, o jasmim?
Eu, por mim, gosto de todas.
Tenho as minhas predileções;
A rosa, por exemplo, é a mais bela de todas.
É a rainha das flores, a princesa do jardim.
Para mim têm um grande defeito, os espinhos.
Quando aspiro seu perfume, mas ao menor descuido,
Picam-nos os dedos. É sua, mas cuidado com os espinhos!
Tenho aqui essa flor, a dalia.
Que pétalas lindas!
Que belíssima corola!
Mas, tem para mim um grande defeito;
Não tem perfume.
Quando aspiro uma flor sem perfume, parece que
Aspiro uma flor muda, uma flor que não fala, pois
O aroma é a linguagem da flor.
É sua, mas sem ilusão!
Tenho aqui uma flor, símbolo da modéstia.
A Violeta.
Ela aparece às sombras, nos lugares onde ninguém as veja.
E, no entanto, é tão linda e perfumosa.
Há pessoas que são assim.
São belas, mas simples e humildes
É sua, aproveite.
Tenho ainda uma flor. À última de todas.
Chama-se Amor perfeito!
Se cultivo? Como não!
Tem um jardim em que ela floresce: o coração.
Há nele diversos pés, uns maiores, outros menores;
No centro há um que sobrepuja a todos em tamanho e em vitalidade.
Sempre viçoso e florescente.
É o encanto do jardim e o estimulo dos demais companheiros.
Amor perfeito ao nosso Pai Celestial,
Supremo galardoador da vida e de todos os que o buscam;
Amor perfeito aos pais, as mães, aos avós e as tias,
e, para os maninhos o canteiro é muito grande.
Ainda há lugar para mais.
Aproveitem!