Aprendizado-II

Estendendo a mão convidei-a para dançar...

Teus olhos recusaram de mudar o sentido...

Olhos caídos para um poço sem volta...

Murado com as pedras do desespero e uma luz turva...

Teus olhos alimentam a perdição em si mesma...

Uma arqueóloga de sentimentos, uma cientista do passado...

Ninguém alcança neste teu poço...

Pois quem olhar para baixo verá o reflexo para cima...

Sentindo-se perdido no poço sem você...

Mas quem olhar o poço para cima sentirá o reflexo...

De estar mais próximo de você acima do poço...

Quantas cercas...

Quantas paredes...

Úmido...

Num aceno o convite permanece no ar...

Num olhar interroga a minha insistência...

Em descer do poço...

Em crescer na umidade do poço...

E entrar na vida...

A canção do ser humano...

Estendo a mão convidando-a a dançar...

Assim o sorriso pressiona a lágrima no canto dos olhos...

Apenas uma gota...

Que não quer cair...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 11/06/2018
Código do texto: T6361046
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