Aprendizado-II
Estendendo a mão convidei-a para dançar...
Teus olhos recusaram de mudar o sentido...
Olhos caídos para um poço sem volta...
Murado com as pedras do desespero e uma luz turva...
Teus olhos alimentam a perdição em si mesma...
Uma arqueóloga de sentimentos, uma cientista do passado...
Ninguém alcança neste teu poço...
Pois quem olhar para baixo verá o reflexo para cima...
Sentindo-se perdido no poço sem você...
Mas quem olhar o poço para cima sentirá o reflexo...
De estar mais próximo de você acima do poço...
Quantas cercas...
Quantas paredes...
Úmido...
Num aceno o convite permanece no ar...
Num olhar interroga a minha insistência...
Em descer do poço...
Em crescer na umidade do poço...
E entrar na vida...
A canção do ser humano...
Estendo a mão convidando-a a dançar...
Assim o sorriso pressiona a lágrima no canto dos olhos...
Apenas uma gota...
Que não quer cair...