Aprendiz-I
No canto dos teus olhos há uma lágrima...
É nela que existe um ponto final...
A existência...
Encostada no vértice da vida aguarda seu tempo...
Um olhar caído, tenta não sonhar...
Cruzando os braços e sorri para um neutro sentido...
Sem sentido...
O que busca aquela estrela do norte?
O que sonha aquele anjo na terra?
De sentidos mudos...
Sorrisos obscuros...
Pois ninguém concede em seu tempo a luz...
Escrava alheia...
Mãos chicoteadas pelas pedras, madeiras e pó...
Rainha e herdeira do trabalho, uma servil...
Somente assim é lembrada, e no descanso é maltratada pelos dias sem luz...
A solidão pensa...
A tristeza acaricia...
O abraço da distancia incoerente...
Uma alma usada...
Uma vida disfarçada em ser humano...
Um anjo sem entender como é ser feliz...
Uma aprendiz no amor...
Uma sofisticada alma no desamor...
Uma lágrima no canto dos olhos...
Reprimida...
Tímida...
Sem sentido.