Aprendiz-I

No canto dos teus olhos há uma lágrima...

É nela que existe um ponto final...

A existência...

Encostada no vértice da vida aguarda seu tempo...

Um olhar caído, tenta não sonhar...

Cruzando os braços e sorri para um neutro sentido...

Sem sentido...

O que busca aquela estrela do norte?

O que sonha aquele anjo na terra?

De sentidos mudos...

Sorrisos obscuros...

Pois ninguém concede em seu tempo a luz...

Escrava alheia...

Mãos chicoteadas pelas pedras, madeiras e pó...

Rainha e herdeira do trabalho, uma servil...

Somente assim é lembrada, e no descanso é maltratada pelos dias sem luz...

A solidão pensa...

A tristeza acaricia...

O abraço da distancia incoerente...

Uma alma usada...

Uma vida disfarçada em ser humano...

Um anjo sem entender como é ser feliz...

Uma aprendiz no amor...

Uma sofisticada alma no desamor...

Uma lágrima no canto dos olhos...

Reprimida...

Tímida...

Sem sentido.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 11/06/2018
Código do texto: T6361043
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