Inesperado
Sinto tanto, sinto tanto, sinto tanto que hoje,
Lamento por não te dar, por não me dar com tanta perversão e devassidão,
Sinto tanto, sinto tanto que...
Lamento por não ser tão perfeito quanto um corpo que desenhou para si,
Sinto tanta dor, sinto que não pude e não posso ser isso que deseja,
Lamento mas a noite ainda não acabou o sono não veio, mas no profundo lamentar eis que me surge.
Sinto e sinto tanto tesão de aprender é inevitável mesmo estando tão tarde,
A beira da viela ali de quatro nós quatro aprendendo a amar a sentir.
Sinto tanto que caminhar por horas varadas na madrugada a procura do infinito me conduz a sentir,
Lamento tanto não poder te mostrar isso, isso bem aqui, aqui no centro, partida do vento,
Vento que bate sobre as folhas que bate sobre minha pele, vento que me faz sentir.
Senti profundo lamentar de não poder lhe dar mais do que eu tenho por puro e sincero egoísmo,
Lamento seu sono ser este, este que ao sentar-se repousa e contempla as noites e o vento que bate sobre as folhagens.
Senti tanto ao te ouvir, ao poder chegar ate mim, ouça agua que lava tudo, água que limpa e sara,
Lamento, mas negarei, negarei e negarei essa purificação, tornei-me tão melhor depois de sentir,
Sentir me faz vivo, vivo a ponto de viver o que falo por plena verdade em somente viver.
Lamento tanto por não poder sentir assim e observar que bem lá nas ultimas janelas se entra a parceria de poder sentir tudo isso,
Mas ainda sim digo que sinto, sinto tanto que no mais alto ponto.
O ponto vermelho está a cintilar a avisar que sinta, pois quando o Sol nascer novamente eu talvez não sinta e nem lamente tão quanto foi linda a noite passada.