verão nos trópicos
não é impossível de imaginar que
você devia mesmo ter caminhado plena, vestida de luz sobre a areia branca
que humildemente se enroscava
nas suas pernas. coladas no seu corpo.
não é demais pensar nas inúmeras vezes
que acreditamos estarmos certos
sobre como o amor se comporta
de forma ridícula
ou como cada vez que contávamos
segredos e estávamos nus, bem ali,
enquanto a cidade dormia.
tudo bem, as vezes, quase o tempo
todo sentir medo. eu sinto. ela também.
acredito que você esteja agora
em algum lugar contando coisas nossas,
de como éramos evoluidos.
e tudo bem, tudo vai ficar bem
enquanto ainda tiver sol.
não é impossível de imaginar, é?