À Dia...

O sol bateu na janela...

O vento tocou sua flauta...

O coral das flores no jardim...

o som da natureza...

A natureza interna do ouvido...

Ouvindo as serras e machados empilhando ninhos...

As pombas, as bombas nas pedreiras em revoada poeira...

Os olhos abrindo novos caminhos...

Sementes cimentadas...

O ardente sol incendeia a janela...

Fuma assa engasga, e se mente na terra rachada...

Cinza cor, na luz caída pelo vaso, já rdim petrificou...

O caule da rocha...

O pró regresso...

Dizimou...

Os olhos tocam flautas...

As mãos juntas dançam nas palavras, ajoelhadas...

E dança o arrependimento...

Colo rindo de seu rebento neutro...

Nem a lágrima sustenta a sede...

Nem sede sacia o nascimento...

Do ciclo...

Final do tempo...

O tempo promovido a juiz...

Réu...

É condenado a vagar pelo sofrimento...

De seus antecedentes...

Pois nunca...

Será outra vez...

E segue...

A noite escorrega na janela, suas garras riscam a madeira incendiada...

A flauta desfia Chopin...

Num novelo sem lã...

E o dia no divã...

Espera...

Outro de seu dia...

Em dias...

Os cem dias...

Sem dias...

Os olhos à dia...

.............. termina.

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 07/06/2018
Código do texto: T6357874
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.