Arbitrariedades emocionais e racionais
Amanhecendo o dia; vão se as sombras se despedindo do que cobriram.
Saem, sabendo que regressarão. Ciclos da vida, viver em sombras e momentos de luz. Arbitrariedades emocionais e racionais são como tintas que revestem fachadas de sentimentos e ações. Opta-se por impulsos ou comodismo. Fugas extremas existem para levarem a certeza de que o erro é verdadeiro.
A manhã brinca como criança lavando os pés no córrego.
E diz ela, que uns seguem o mesmo caminho de ontem, enquanto outros podem se agarrar na esperança de que hoje tudo pode ser diferente. Mas a diferença reside na vontade e determinação de cada um. Portanto, as folhas se secam no chão, olhando a vivacidade das outras que vem logo em seguida, agarradas à mesma seiva; Como a vida que vai passando, mas que se deixa fazer isso respeitando os devidos momentos de quem vive aproveitando o máximo que o entusiasmo permite.
Desprendidos os sorrisos e os prantos, na cadência das horas empurrando o tempo para a tarde, vão-se os ofícios, repetindo o mecanismo e se reiterando nas coisas criadas e destruídas. De esse construir e despedaçar, que se faz o movimento e se desenha o labor. Uns encantam, outros profanam... Uns são pobres, outros tantos, mais ainda o são, sem saberem, no mais extenso significado da palavra. Uns ostentam dinheiro e poderes, outros dignidades e inocência; e poderes de fazer o bem.
A tarde vai indo embora... Quer fazer amor se encaixando na noite. Mira-se no horizonte, o sol; louco pela traseira da serra.