Ai!

Hoje o dia amanheceu cinzento e silencioso…

A noite foi escura, fria… Um martírio de dor…

Ai, como hoje sinto que a dor da alma é maior…

Ai, como a saudade aperta e se faz presente…

Ai, como soluço e sufoco de tanto a voz embargar

E as lágrimas que caiem dos meus olhos não as seco,

Deixo-as rolar pela minha face e no chão de madeira envernizada

Se vão a imolar…

Ai meu Deus, o sofrimento por saudade é indizível…

Ai, se soubesses paizinho a falta que me fazes,

A dor indizível que é não te sentir fisicamente,

A angústia que me oprime e me submete ao sofrimento,

A saudade dolorosa só aumenta a cada dia, hora e momento…

Ai, paizinho pede a Deus que te dê um bocadinho desse tempo,

Para que me possas vir visitar e eu te possa em espirito abraçar…

E esta saudade, dolorosa e indizível colmatar…

Pede por favor, pede que Ele é benevolente e amor,

E não te vai de certeza teu pedido negar…

Não me deixes nesta dor e desta forma a sofrer continuar …

Por vezes, ao que me acontece penso que brevemente te irei encontrar,

Mas depois da luta difícil que foi e da bonança que acaba por chegar,

Sinto e vejo com os olhos da alma que é ainda muito longínquo

Esse momento…

Ai, hoje só quero desta dor me libertar, e que a esperança não se finda,

E que eu possa seja breve, ou longínquo em teus braços um dia acordar!

Maria Irene
Enviado por Maria Irene em 30/05/2018
Código do texto: T6350586
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