Ai!
Hoje o dia amanheceu cinzento e silencioso…
A noite foi escura, fria… Um martírio de dor…
Ai, como hoje sinto que a dor da alma é maior…
Ai, como a saudade aperta e se faz presente…
Ai, como soluço e sufoco de tanto a voz embargar
E as lágrimas que caiem dos meus olhos não as seco,
Deixo-as rolar pela minha face e no chão de madeira envernizada
Se vão a imolar…
Ai meu Deus, o sofrimento por saudade é indizível…
Ai, se soubesses paizinho a falta que me fazes,
A dor indizível que é não te sentir fisicamente,
A angústia que me oprime e me submete ao sofrimento,
A saudade dolorosa só aumenta a cada dia, hora e momento…
Ai, paizinho pede a Deus que te dê um bocadinho desse tempo,
Para que me possas vir visitar e eu te possa em espirito abraçar…
E esta saudade, dolorosa e indizível colmatar…
Pede por favor, pede que Ele é benevolente e amor,
E não te vai de certeza teu pedido negar…
Não me deixes nesta dor e desta forma a sofrer continuar …
Por vezes, ao que me acontece penso que brevemente te irei encontrar,
Mas depois da luta difícil que foi e da bonança que acaba por chegar,
Sinto e vejo com os olhos da alma que é ainda muito longínquo
Esse momento…
Ai, hoje só quero desta dor me libertar, e que a esperança não se finda,
E que eu possa seja breve, ou longínquo em teus braços um dia acordar!