Sob o luar...

Lua linda no céu, se mostrando sem pudor pelos

raios solares que a desnudam.

Galhos de árvores se tocando no baile propiciado pelas

brisas leves que passeiam ares.

Cheiro de mato se molhando de orvalho,

excitados para fazerem amor de madrugada.

É que a natureza transa no escuro e trança ramagens e vida,

sob a luz estelar cintilante de noites frias.

Vaga-lumes sobrevoam amores nas planícies

e iluminam o silêncio em pontinhos.

Aves noturnas bem despertas aproveitam olhares escondidos.

E tantos segredos são revelados, mas continuam em salvaguarda.

Córrego mansinho, com seu curso d’água namora barrancos e capim cidreira e vai deslizando suave em acalantos, indo sumir mais adiante em várzea estendida, dando evasão a novos córregos nascentes.

A estrada vazia parece dormir coberta de poeira.

Sua pele é que transpira o pó.

Lá em cima a lua tal qual dama no palácio,

convida para o quarto, mostrando a cama estrelada.

Se a vida fosse somente encanto no ser, tal qual o é na natureza quando bem observada, tudo seria intensamente bom.

Mas sem arbitrariedades, de nada adiantaria toda beleza,

visto que seria comum a todos. A magia da vida, está na conquista das diferenças e percepções e valorizações sobre elas.

Os detalhes é que costuram a colcha inteira.

A mesma que serve para aquecer,

tantos quantos estiverem no mesmo trabalho de juntar remendos.

Takinho
Enviado por Takinho em 28/05/2018
Reeditado em 21/08/2020
Código do texto: T6349238
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