Reencontro




Somos tão nós, ele se deixa ser amado, banhado pelo brilho dela,
Toda vez que aqui eu venho, bebo com ele a luz ou a negra noite,
Eu e o mar, cada um no seu mundo...
Guardo a sua beleza em minha alma, como à me acalentar,
Na voz de um tempo que havia em mim, por dentro
a vontade louca de amar, o mesmo tempo que já passou.
O mar é o mesmo, eu não mudei, ele, continua à me seduzir.
É que em sua grandeza, recarrega em meu olhar
a vontade de nunca da felicidade, desistir.
Diante dele ao contrário de outros, eu nunca me perco, mas,
me reencontro, me envolvo em seus mistérios, conto os meus,
Quando estamos na escuridão, só o seu murmúrio
compreende o meu silêncio numa incompreensível solidão.
Ouço o seu lamento à beira da praia,
desde a minha infância, ele também escuta os meus.
Parceiros, confidentes, somos assim, o mar e eu.
Ele sempre arranca um encanto novo de dentro de mim,
Traz de volta a minha voz sufocada, recriando vida,
ressalta as cores douradas, das flores antes esquecidas,
cujo brilho dourado, imita a claridade da lua que nele se deita.
Lembro de um impossível amor, que um dia tive, mas, passou,
Aos poucos foi se tornando uma lembrança que hoje aceito,
Uma ilusão tola, que aos poucos morreu, sonhando devagar,
com o que não tem jeito. Eu e o mar, somos uma história
de um verdadeiro amor, que nessa minha vida restou.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 26/05/2018
Reeditado em 26/05/2018
Código do texto: T6347447
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.