Grafite
É fraco sobre o papel. Parece não ter personalidade. Acho que parece fraco porque perece sob uma borracha. E isto assusta quem comanda o grafite:
Ver seus escritos enrolados em pedaços de látex e assoprados para sempre - triste fim para as más idéias.
Já a tinta não. Ela mantém o papel como refém e enquanto ele vive, ela se eterniza mesmo em suas asneiras. E o autor cresce porque tem todas as suas memórias. Do que foi ruim, no mínimo se tira uma lição: não fazer de novo.
Se castrássemos as memórias ruins não aprenderíamos nunca a lição e faríamos de novo.
(estava escrito a lápis numa agenda de 1991)