Amo
Amo talvez todos os minutos escuros
Horas que se aprofundam, segundos
Que se fundam no profundo do meu ser
Sombras na mente dos meus sentidos
Neles encontrei os meus dias já vividos
Entre as palavras de uma solidão imensa
Noite sem pressa em cada instante estreito
Dor estampada nos olhos como uma flor
Na voz do limbo os poemas das estrelas
Como se o amanhã escondesse talvez o amor
Verdadeiro, num castiçal de prata sem esperança
Das pedras intemporais em palavras incrédulas
Ternura nas lágrimas, pelos livros dos outros
Então senti o vento como se fossem nuvens
Dos meus próprios sonhos que se erguem
Em emoções, aprofundam-se nas horas difíceis
Na esperança que tu meu amor apareças aqui.