Seja Você...
Abriram-se as cortinas do espetáculo,
O teatro de viver recomeçou,
A cena está ensaiada,
Somos os coadjuvantes de uma guerra desleal
A fome de representar a felicidade.
Os aplausos são para as hipocrisias,
O bis para as mentiras, para as desilusões e ilusões,
As desconfianças e o mal supremo.
A arte de sonhar, trilhar os primeiros passos,
Em cima das mortalhas e fantasias,
A maquiagem do palhaço está sem cor,
Seu nariz é negro, negro ébano,
Sua máscara o contorno do abismo,
Da influência maléfica.
Aonde procurar...?
Em quais povos...?
Aonde encontrar a chave para a nobreza...?
As trevas rasgam a subconsciência humana,
Os feixes de luz, poucos usufruem da luz,
A luz cósmica, a primeira e única luz,
A luz que boia na imensidão,
O grande lago, o lago da compreensão,
Águas verdes, encostas firmes.
Olhar para frente...
Mergulhar e nadar até ao barco,
O barco da felicidade boia no centro do grande lago,
Os remos chamados querer estão dentro do barco,
Prontos para serem utilizados, remar até ao infinito,
Orações e cânticos de alivio, o conforto madrigal.
O barco se torna um foguete,
Com chamas de fogo, subindo para o alto da alma,
Seu fogo uma erupção de vulcão extinto,
As lavas transbordam em sentimentos ardentes,
Poderosos, a serenidade volta a reinar,
O UNIVERSO, chamado SER HUMANO.
O amor volta á fluir dos esconderijos e abrigos da solidão,
Os abraços da alma vagueiam por toda parte.
O teatro está vazio,
Não há público,
Nem aplausos,
Nem bis,
Somos os atores principais,
Cada um com seu papel,
Sem representar,
Ou ensaiar
Somos os palhaços fantasiados de cores de amor,
Amor para quem quiser sentir a evolução da vida,
Amar até a grande planície...
Amar até formar a grande onda...
Até o mundo se apagar...
Até não existir mais as plantas dos pés...
O sangue circular...
Pois o amor será...
SERÁ O VENTO...
SERÁ O TEMPO...
SERÁ A CHUVA...
O AR.