Antonio de Albuquerque
Somos Iguais

Na viagem do pensamento rebuscando
No céu das recônditas recordações
Ainda sentindo o cheiro da saudade
Que não quer sair de mim
Dum momento passado no tempo
Magoando um amargurado coração
Enxergando a flor se abrindo
No precioso jardim dos sentimentos
Que explode tal qual ósculos do Sol nascente
Também vejo o belo sorriso moldado na beleza
Sentindo o coração corroído machucando a dor
Por chagas interiores, trazidas pelo verbo plantado inconsciente,
Mas também recebendo a luz do mar das lágrimas espargidas
Clareando e expandindo a compreensão e o entendimento
Refletindo a dor profunda das expressões não contidas
Do verdadeiro sentido dos sentimentos guardados
Expressados em palavras e materializados na dor íntima
No infinito universo do meu mundo interior
Lembrando a meiguice de um abraço de amor sentido
Qual o arco-iris da vida que me traz recordações
Regado pela força do sonho de ternura e acalanto
Que me faz lembrar o tempo que ficou guardado
Quis afastar o tempo marcado pela solidão e dor
Agora seguindo o caminho em solidão pela força do amor
Lembrando dum tempo amoroso interrompido pela dor.
Agora somos iguais, pela dor, pelo amor, pela solidão,
Queiramos ou não.
 
Antonio de Albuquerque
Enviado por Antonio de Albuquerque em 11/05/2018
Reeditado em 23/03/2019
Código do texto: T6333981
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