Mãe das águas

Descanso meus olhos da tolice do dia.

Pisco três vezes sem acreditar, mas, é mesmo o bem te vi quem canta pousado no fio,

Na rua calma, neste dia branco.

Há pouco a Oração da Gestalt brilhou em minha tela e lembrei-me do Fritz na lata do lixo,

Escarafuncho-me em meio as sobras do ontem e indagações do amanhã.

Cores habitam meu ser iluminado de rosa, exalo o lilás da ametista que brilha em meu peito.

Transmuto-me...

Submerjo em mim, dentro e fora da lata do lixo;

Em águas profundas sou a filha serena de Iemanjá,

Odoiá, mãe querida,

Odoiá!