Na memória, aquele espaço sagrado da minha infância ainda guarda a velha lamparina acesa, protegendo-me dos monstros que habitavam as trevas noturnas; monstros que se alimentavam do meu medo inocente ante os relatos assombrosos e alternados de adultos incautos.

Hoje vejo que aqueles monstros nem eram tão monstros assim, pois se rendiam – num piscar de olhos – à luz azul de uma velha lamparina. Monstros são estes que trago em mim; que tolhem meus passos e aniquilam minha alma no breu das noites insones e em dias de sol a pino, ininterruptamente...

Maria Aparecida Giacomini D Oro
Enviado por Maria Aparecida Giacomini D Oro em 09/05/2018
Reeditado em 28/07/2024
Código do texto: T6331900
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