"Coração julgado"

Meu coração está à revelia. Fugidio, receoso e impassível.

Em delinqüência destoou, ao palpitar de tamanhas emoções:

- Leve-o ao tribunal e em júri sob a acusação de ternos crimes cometidos!

Foragido na injusta medida, pelo atraso que da vida lhe tenha concedido: o tempo dilacera-o lentamente, até o último pulsar.

Sentenciado está: “fadado ao acaso, destoado em via obstruída”.

- Conceda-lhe o “Hábeas Corpus”, para que livre justifique a liberdade almejada!

- Reintegra-o junto a ti, outro indolente coração!

- Acolha-o junto ao seu perpétuo cárcere, e torne-o imortal!