COMPLEXO DE CAIM?
O mundo
Entre duas inegáveis margens:
Os talentosos e ... os infelizes invejosos
Desde que mundo é mundo
Mas... por que tanta inveja?
O que, pois a justifica (se é que se pode justificá-la)
Estaria, pois a viola com dor de cotovelo pela voz que canta?
Ou frente aos outros a se ter fingida existência
Em negar sua dissimulada cobiça... o seu olho grande?
Oh, quanta hipocrisia!
Na, verdade, como o invejo sofre!
Embora, quem sabe, ele nem disto não o saiba
Ao que não busca então se libertar de su'angústia... de seu padecer!
Ah, por que desejam tantos o que outros possuem?
Ou mesmo a ser o que os demais os são?
Não, não faz o mínimo sentido!
Simplesmente... inadmissível!
Da rosa a encantar a todos com sua forma e perfume
De seus espinhos a espetarem as mãos dos que as tocam
Mas, seria por raiva?
Seria por indignação?
Ou não seria melhor se diria, para então... protegê-la?
Porem, eis que os espinhos se magoam visto que ninguém os reparam
Como os olhos dos demais se deleitam pelas pétalas das rosas...
Ó mundo!
Em místico, mas real cenário
Em que os talentosos e artistas utilizam suas mãos para criar
Ou su’essência para vitalmente expressar... em tudo:
Cantar... tocar... dançar... pintar... bordar...
E na totalidade de suas vidas e suas almas... sempre poetar
Todavia, os demais... que pena! apenas para os aplaudir
(mas apenas, por obrigação do protocolo, e só)
Ou se forem sinceros... em atirar-lhes pedras
Como em tal grau o fazem
(e como isto bem o fazem!)
Ou mais ainda, em seu desprezo, a eles... então vaiar
E sempre... em nome da inveja
Oh, que os façam como bem queiram
Ao que não me deixarei por eles atingir
Até porque invejar alguém é para mim, de certa forma... admirá-lo