Humanidade Insensível a Vida

Ontem a ilusão

Hoje a vontade de tê-la

Amanhã ninguém sabe

Como combate-la

Andar nas estradas de terra.

Um vendaval de pó

O sol frita o pensamento

Não se sentir tão só

Descalço e de pés no chão

As pedras britadas e quentes

Fere a alma, o peso do fardo.

Ë nas costas, que o peso sente.

Andar sem querer chegar

Aonde o estranho lugar

Consome a vontade de viver

E a tristeza não quer suportar

Cabisbaixo de olhos pro chão

Querer estar em qualquer tempo

Não neste, nem naquele.

Mas no verdadeiro

As cobranças interrogam

A atitude errada

Esquecer o que marcou

A limpeza na alma

O exorcismo

O preconceito

O ilusionismo do amor

O orgulho do sentimento

O momento esquecido

O humor, o sorriso.

Cantar sem voz Ter

Uma canção diferente

Notas que não entoam o sofrer

Está seca a boca

A sede de vida vem ä tona

O copo esta longe do filtro

A água virou terra roxa

A Esperança esta seca

A estrada esta longa

Olhar para trás

Um rastro de sombra

Ser mais que o tempo

Sentir o que os olhos veem

Não a opressão dos gestos

Mas ler as palavras não ditas

O momento é agora

O agora é lento

Para quem esta fora

Do seu pensamento

O mundo demora

O maligno devora

As vidas estão fora

Dos moinhos dos ventos

Confiar em si mesmo

A segurança arrebentou

Vagas no coração

Estacionar os sentimentos

E ficar em pé na fila

Esperando

Contemplando

A vida desaparecer...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 05/05/2018
Reeditado em 05/05/2018
Código do texto: T6327914
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