SER SIMPLES

SER SIMPLES

Ser simples,

nao e tao facil para a alma que evolui,

porque, enquanto ela nao o for,

como a natureza,

nao alcança o simples no existir.

Tento ser simples no modo de ser,

nao porque o meu semelhante o seja,

mas porque observo o mover simples da natureza.

Se eu, como qualquer outro, a observar,

para retirar dela,

a sabedoria simples de Deus,

serei simples e o outro tambem,

como Deus e todas as coisas naturais o sao.

Ao olhar para a natureza,

percebo como Deus a Cria com sapiente simplicidade.

Entao,

se tiver a sensibilidade de a contemplar,

notando-lhe os detalhes simples,

trarei para mim, para a minha alma aprendiz,

uma pequena parte da natureza divina,

para tornar-me simples:

como uma pedra, uma planta, um regato,

um bicho... Simples como o sol, a chuva, o vento,

o fogo, o dia, a noite, os astros celestiais,

os seres angelicais, alem de outras almas

que comunguem comigo dessa saudavel singeleza

dos elementos naturais.

Se tenho defeitos, como o orgulho e o egoismo,

nao posso ser simples.

Para ser simples, tenho que ser humilde e caridoso.

A alma que vive,

somente em funçao dos limites pereciveis

da vida carnal terrena, se afasta da simplicidade

de sua vida espiritual,

visto que, alem de nao se perceber como um ser

distinto, do corpo fisico que lhe e morada

momentanea, por ser ignara, nao imagina

que desdobra-se, expande-se durante o sono fisico,

e que, mesmo em sua projeçao astral,

sera simples, se socorrer os seus irmaos umbralinos,

ou se vivenciar, caso mereça. instantes inefaveis

com outros irmaos que habitam nas colonias

serenas e harmoniosas.

O ato de morrer e tao simples como o ato de viver,

porque ambos fazem parte das leis divinas.

Embora nesse aspecto dualista,

o morrer vincule-se ao inexistir,

ou a desintegraçao dos corpos carnais.

E o viver, seja o renascer do espirito,

ou o seu sobreviver na dimensao existencial

imediata a morte carnal.

A alma conquista a simplicidade de sua essencia,

passo a passo, degrau a degrau, etapa a etapa,

vivenciando a pluralidade das existencias,

encarnando e desencarnando,

ora num plano, ora noutro,

evoluindo nos dois mundos, discernindo o que melhor

lhe edifique, lhe depure, lhe eleve diante de si

e de Deus, porquanto, a simplicidade de seu existir,

apenas a tera, quando o amor, o bem,

lhes prevalecer na consciencia evoluida.

Escritor Adilson Fontoura

Adendo: alguns acentos nao estao postos,

porque duas teclas estao defeituosas.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 04/05/2018
Reeditado em 08/05/2018
Código do texto: T6327214
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