Sê!9

Passo fazer a varredura, do hoje ao começo, dia do meu nascimento, procurando a autora , a personalidade que escreve a história da minha vida, um ente, pronto e acabado, que pudesse sentar diante de mim, e assim, poder ser estabelecido o contraditório.

Antes! de qualquer argumento, peço a acareaçao primeira com a autoria definida como sendo eu, delimitando o campo para o julgamento das escolhas feitas.

Mesmo sem rosto, passo ver um ser mecanizado, robotizado, de aspecto fantasmagórico, cunpridor da tarefa aprendida, como qualquer outro vivente se portando nas primeiras idades, numa pureza rustica de significado, inserida no berço de uma determinada cultura. Lembra o camelo, carregando, apropriando e executando valores dos manuais do mundo.

Este enigma, como coisa pronta em potencial, agindo, passa a captar, e, depois, carregar nos lombos o conhecimento, a cultura do meio que vivia, do céu e da terra.

Leva tudo, passivamente, sem demonstrar cansaço.

Segue. Uma vez descoberto que tinha a capacidade de pensar, raciocinar, rebela, contesta a maioria do apropriado.

A mente, nestas alturas, saltita mais que bailarinos baianos na folia.

A guerra interior era a única realidade querida. Com instinto aflorado de Leão, não pensa noutra coisa, senão estabelecer o duelo entre conceitos, opiniões da cabeça, com as dos pensantes que tinha contato. Procura matar, destroçar o que não afinava com a lógica.

Para haver a sombra, ao menos um leve toque, caloroso e amoroso, da ideia de paz interior, foi preciso cair na arapuca oferecida pela guerra, essa engenhoca que parececia ser eu, vai em direção às profundezas. Se perde nisto.

Chega ao cansaço da busca, indo ao exaurimento. Espana.

Não é que, junto ao sofrimento solitário vivido, passo ver cores neste ser indefinido, com indício de vida, vejo a ligação, dele para com ele, como num flash, a retrospectiva dos trabalhos, aqueles que age como camela, e depois leoa, tornam entrelaçados, passando serem Um.

Percebo nas ações, doravante, a necessidade desse enigma se libertar do sofrimento de estar emaranhado a tantos porquês, suabordinado aos laços, nós deixados pelas ações que praticou tentando ser, Serrrrrr!!!!

E hoje, depois de tanto! Estou aqui! Levando este ente, indefinido na sua essência, pressentindo que tenho em meu bojo um Ser Diamantino, dotado de incorruptibolidade.

Não me sacio, nem interesso sair disso enquanto não me alforriar por mim mesma deste contexto, indo ao encontro da essência, e assim ser.

Transpus a mim mesma, .vivo no veladouro uma onipresença, onipotencia e onisciencia sem limite, que me tornou indefinida permanentemente.

Não pelas margens que meu corpo físico indica ter um eu, mas por minha base, que concluo não ter começo nem fim, muito menos centro.

A Física quântica me confirma isto.

Estou agora navegando neste mar infinito em extensão e profundidade, neste barquinho, remando! remando! carregando algo que sei que é precioso, sem preço, incorruptivel, que indica ser a natureza que me constitui. O ponto zero. Sinto-o. Agreguei-me a Ele.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 03/05/2018
Código do texto: T6326456
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