Sê!8

Agora é de dentro, deste estar permitido pelo silêncio , que denunciou poder existir uma paz excelsa da qual sempre existiu, mas que não faço uso.

Não encontro, ao menos aquela greta, que poderia escancarar a clara luz , tendo comigo um calor tênue de sua presenca.

Me aquece de forma amorosa, tomou meu ser de aconchego. Este sentir me persegue donde ando, chega doer. Serve para não me esquecer do trabalho que tenho ainda a malhar, pela não ação, mesmo que seja botando a mão no sofrimento, meu e do mundo.

Não me fazer de cega, mas pela percepção consciente, cajado que me auxiliará ser a juiza em causa própria, imparcial e justa, depurando o que fui e sou para mim mesma.

Mesmo que para isso tenha que ler o julgado, que poderá me condenar ou absolver pelas ações, escolhas que fiz e faço nos dias até a morte.

Quero me depurar, conhecer todo lixo que importei como fosse vital.

Em silêncio, nos instantes, degustarei do estar comigo, quero me lavar, banhar desse calor amoroso que vem de dentro. Quero me refazer, quem sabe torno digna de mim mesma, lúcida da minha verdadeira face, liberta da separatividade que me afasta da alma do mundo.

Assim, me deixarei pronta e acabada, a única herança verdadeiramente valiosa àqueles que amo , incluindo a humanidade.

Sair daqui de alma limpa. É o meu propósito.

Vamos juntos?

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 02/05/2018
Reeditado em 02/05/2018
Código do texto: T6325308
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