O canto da borboleta
Pensando no poder e na fragilidade da borboleta, teço aqui um breve comentário para reflexão acerca da violência contra a mulher. Inspirou-me a escrever, um artigo publicado no site Sabedoria Política, escrito por Luana Pantoja Medeiros, intitulado "O feminismo contra a perpetuação da cultura machista no campo das relações afetivas".
Parto de uma afirmação de Simone Beauvoir, citada por Medeiros de que: “Há uma espécie de irmandade entre os homens, enquanto que as mulheres nem se reconhecem como vítimas do mito do “eterno feminino”. E isso as torna meio vítimas e meio cúmplices da realidade forjada para elas.” (BEAUVOIR, p. 3, 1967).
Os homens se unem e se identificam; as mulheres tornam-se rivais, humilham e uma zomba da(s) outra(s) por ter sido "selecionada" pelo homem que "agride" moralmente ou fisicamente a outra mulher. Tem nesse homem um troféu. Algumas vezes, esse mesmo homem que agride essa "selecionada", mas ela não percebe os maus tratos porque ele também a trata com carinho e bondade em outras ocasiões. Beauvoir explica muito bem esses casos, em seu livro.
Muitas vezes, a mulher é sempre julgada, penalizada pela outra, chegando a dizer frases já conhecidas como: "Ela deu mole", "Ela deu em cima dele", "Eu fui a escolhida", É a mim que ele ama", "Eu sou melhor que ela", "Ela não conseguiu segurá-lo" , "Perdeu". Essas falas recebem adesão de outras mulheres que concordam, apoiam e reforçam.
A exposição da intimidade de outras mulheres não se constitui em um ato ilícito para a mulher selecionada. Isso, essa exposição, é prova de amor e de fidelidade do homem para esta mulher. O homem pode trair, difamar, desrespeitar e, determionadas mulheres, em sua miopia, acham isso natural, uma coisa normal. Esta atitude reforça a violência contra as mulheres.
Algumas mulheres alimentam e sucumbem ao machismo ou à cultura machista, culpabilizando a outra e absolvendo o homem. Por mais arbitrariedade que o homem cometa, ele sempre será justificado por outra.
Nessa perspectiva, percebo a mulher um ser solitário em si mesmo, não podendo contar com outra mulher quando o assunto perpassa no campo das relações afetivas.
E por falar em afetividade, os históricos sinalizam que esta parece estar diretamente ligada à relação homem/mulher, na relação carnal ou na relação amorosa, para alguns homens e para algumas mulheres Há indícios que esta se sobressai à relação de amizade. Amizades são abaladas, interrompidas quando o assunto é amor carnal/amor fraterno. O amor fraterno é mais sensível ou o amor carnal pode se constituir em uma máquina de destruição ou de agressão?
Grande parte das pessoas não acreditam na superioridade da amizade. A amizade é apenas uma borboleta solitária que a qualquer hora pode se acabar? O que é agressão à mulher? Quais os tipos de agressão à mulher? A agressão à mulher é justificável? O bom é não ferir, não agredir e não tripudiar. Melhor não existir pecado do que existir perdão.
Eu, particularmente, coloco a amizade no primeiro plano. Amizade é coisa sagrada, é o amor fraternal. Não existe amor sem amizade, sem lealdade, sem temperança, sem o respeito ao outro.
Enquanto a mulher achar que pode se submeter aos caprichos do homem, difícil será o respeito do homem pelas mulheres. A agressão psicológica e moral também se configura em crime, mas isto só será resolvido quando as mulheres deixarem de se sentirem poderosas perante outra mulher, quando se importarem com o fato do homem denegrir imagem de outras mulheres.
É preciso que a mulher assuma o papel de mulher que merece ser respeitada. É a própria mulher como categoria se respeitar. Isso é prova de amor, a si e ao outro. O amor não se constitui por palavras, mas, primeiramente pelos atos. O respeito deve assumir lugar de destaque na vida do homem e na vida da mulher. Enquanto, isso, a violência contra as mulheres continua, da parte dos homens, assim como da parte das mulheres uma com as outras e consigo próprio.
Reflitamos.
Sugiro a leitura do artigo abaixo.
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/o-feminismo-contra-a-perpetuacao-da-cultura-machista-no-campo-das-relacoes-afetivas/
Pensando no poder e na fragilidade da borboleta, teço aqui um breve comentário para reflexão acerca da violência contra a mulher. Inspirou-me a escrever, um artigo publicado no site Sabedoria Política, escrito por Luana Pantoja Medeiros, intitulado "O feminismo contra a perpetuação da cultura machista no campo das relações afetivas".
Parto de uma afirmação de Simone Beauvoir, citada por Medeiros de que: “Há uma espécie de irmandade entre os homens, enquanto que as mulheres nem se reconhecem como vítimas do mito do “eterno feminino”. E isso as torna meio vítimas e meio cúmplices da realidade forjada para elas.” (BEAUVOIR, p. 3, 1967).
Os homens se unem e se identificam; as mulheres tornam-se rivais, humilham e uma zomba da(s) outra(s) por ter sido "selecionada" pelo homem que "agride" moralmente ou fisicamente a outra mulher. Tem nesse homem um troféu. Algumas vezes, esse mesmo homem que agride essa "selecionada", mas ela não percebe os maus tratos porque ele também a trata com carinho e bondade em outras ocasiões. Beauvoir explica muito bem esses casos, em seu livro.
Muitas vezes, a mulher é sempre julgada, penalizada pela outra, chegando a dizer frases já conhecidas como: "Ela deu mole", "Ela deu em cima dele", "Eu fui a escolhida", É a mim que ele ama", "Eu sou melhor que ela", "Ela não conseguiu segurá-lo" , "Perdeu". Essas falas recebem adesão de outras mulheres que concordam, apoiam e reforçam.
A exposição da intimidade de outras mulheres não se constitui em um ato ilícito para a mulher selecionada. Isso, essa exposição, é prova de amor e de fidelidade do homem para esta mulher. O homem pode trair, difamar, desrespeitar e, determionadas mulheres, em sua miopia, acham isso natural, uma coisa normal. Esta atitude reforça a violência contra as mulheres.
Algumas mulheres alimentam e sucumbem ao machismo ou à cultura machista, culpabilizando a outra e absolvendo o homem. Por mais arbitrariedade que o homem cometa, ele sempre será justificado por outra.
Nessa perspectiva, percebo a mulher um ser solitário em si mesmo, não podendo contar com outra mulher quando o assunto perpassa no campo das relações afetivas.
E por falar em afetividade, os históricos sinalizam que esta parece estar diretamente ligada à relação homem/mulher, na relação carnal ou na relação amorosa, para alguns homens e para algumas mulheres Há indícios que esta se sobressai à relação de amizade. Amizades são abaladas, interrompidas quando o assunto é amor carnal/amor fraterno. O amor fraterno é mais sensível ou o amor carnal pode se constituir em uma máquina de destruição ou de agressão?
Grande parte das pessoas não acreditam na superioridade da amizade. A amizade é apenas uma borboleta solitária que a qualquer hora pode se acabar? O que é agressão à mulher? Quais os tipos de agressão à mulher? A agressão à mulher é justificável? O bom é não ferir, não agredir e não tripudiar. Melhor não existir pecado do que existir perdão.
Eu, particularmente, coloco a amizade no primeiro plano. Amizade é coisa sagrada, é o amor fraternal. Não existe amor sem amizade, sem lealdade, sem temperança, sem o respeito ao outro.
Enquanto a mulher achar que pode se submeter aos caprichos do homem, difícil será o respeito do homem pelas mulheres. A agressão psicológica e moral também se configura em crime, mas isto só será resolvido quando as mulheres deixarem de se sentirem poderosas perante outra mulher, quando se importarem com o fato do homem denegrir imagem de outras mulheres.
É preciso que a mulher assuma o papel de mulher que merece ser respeitada. É a própria mulher como categoria se respeitar. Isso é prova de amor, a si e ao outro. O amor não se constitui por palavras, mas, primeiramente pelos atos. O respeito deve assumir lugar de destaque na vida do homem e na vida da mulher. Enquanto, isso, a violência contra as mulheres continua, da parte dos homens, assim como da parte das mulheres uma com as outras e consigo próprio.
Reflitamos.
Sugiro a leitura do artigo abaixo.
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/o-feminismo-contra-a-perpetuacao-da-cultura-machista-no-campo-das-relacoes-afetivas/