Sê! 4
Comedora de arroz com feijão é o que ela é, pensaria a mente viajada nos assuntos de mente. Iriam mais adiante, concluindo por aquilo que proseio, que não passo de um
rábula, como alguns do mundo das Ciências Jurídicas agem.
Diriam, na justeza que a análise os conduziriam, que as palavras que externo sobre o Ser , não passam de repetições de um cérebro que mastigou conhecimento, sabedoria emprestada dos iluminados, yogues, psicólogos, estudiosos da mente que viveram, e vivem no nosso mundo.
Sou grata à Fonte Imorredoura pelo berço que me criou, a parentela que nasci integrada, aos amigos que tenho, à cultura disponível e por mim apropriada, que me transmite a ideia de mundo a qual vim fazer parte.
Sobretudo, grata Sou Àquele que me desenhou e constituiu, pela largueza sem limite do meu interior que permitiu ter, me concedendo espaço sem medida para ousar duvidar, buscar um limite, mesmo que para isso tenho ido tão longe, não encontrando nada alem de Eu mesma, e os pensamentos que porto.
E é neste contexto, misturando tudo que li, vivi, experimentei pelos olhos e coração, combinado ao sofrer as consequências dos espinhos, sintomas da peregrinação solitária que é o mundo interior, que encontrei o limite.
O irônico foi o achado, o exaurimento de forças para buscar mais e mais o lugar filosofal para eu chegar, estar em definitivo. Como cachorrinho correndo atrás do próprio rabo me vi estar. Imediatamente sentei. Parei, simbolicamente falando.
Foi a dádiva. Parar.
Daí por diante tudo que aproproprio pela mente não articulo como novo, vez ou outra confirmo a identidade de ideia dos pensadores do humano na humanidade, deixam sempre a mesma dica, parar, observar a mente, soltar.
Como de volta ao começo, ressignifiquei as palavras do Mestre em mim neste futuro do passado. Tenho tentado fazer as pazer comigo nos instantes de silêncio, me amando, me perdoando e me aceitando...procurado amar o outro pelo caminho do perdão. Afinal, me sinto querida, aceita pela fonte primordial, ela flui em mim, a partir de mim, me conectando ao mundo como ele é.
Passei amar a minha origem, conhecida por nós como Deus, sem impor condições, afinal, Ela me acostumou mal, me permite ser livre, não impõe condições para eu ser, passei vê-lo como sendo essa realidade inconstante, passageira, que se renova, em essência bela e amorosa, que não se deixa pegar, nem fixar, igual eu e tu.
Sou
Sê? Experimente!