A linguagem dos atos
Ela veio devagar
fitando-me nos olhos,
bagunçando os cabelos charmosamente
lançando contra meu rosto seu hálito de hortelã.
Pousou sobre meus ombros as duas mãos,
encostou a cabeça em meu peito palpitante
e parecia querer senti-lo, escutá-lo.
Não disse nada por uns momentos,
apenas me respondeu, quando perguntei:
“Posso-te ser útil?”
“Sim, permaneça quieto e em silêncio,
deixando-me sentir a vida que pulsa em teu peito
que me invade energizando meu ser”.
Não dissemos mais nada,
embora falamos tudo!