GRATIDÃO: NÃO VOU NÃO.
Fechei a porta, dei meia volta. Não quero mais. Eu queria ficar aqui nos seus braços. Nada lá fora me atrai. As gentes me aborrecem, o frio me estremece, o chopp não tem sabor. Por isso não vou. Eu queria ficar no chamego de um cobertor, em torno da fogueira, quiçá uma lareira. Não, não vou. Tenho pavor do falsear da alegria. Do filosofalar de mesa vazia, as altas vozes sobre o som alto. Não vou. Eu queria nosso bate-papo ao pé d'ouvido. Vez ou outra, entrecortado por um estalido, lá da madeira ou de um beijo seu.