Veneno da Alma, O

Aqui estou olhando para dentro de meu ser,

Triste e sozinho, mas saboreando a minha luta com a Besta Interior,

Gosto muito de ver minha humanidade se esvair pelas mãos,

Ela trespassa minhas mãos como se fosse água corrente.

Contemplo cada momento em que aceito o sabor da crueldade em meu peito,

Contemplo cada pensamento de tortura para que você pague pelas ofensas,

Desejo que você apenas tenha me amado como te amei,

Para que sofra quando não tiver ombro amigo para chorar.

Odeio a paixão. Ó sentimento banal que destrói minha essência,

Ó mártir do peito que aniquilou para sempre meu lado sentimental,

Você retirou o pouco sorriso que eu conseguia executar,

Seu desprezo foi uma faca fria e ácida que rompeu a minha alma.

Derramei em minhas coxas, gotas quentes de choro por ti,

E você que sabe tudo sobre mim nem ao menos me procurou,

Vivendo nesse castelo e cheia de suas mordomias poderia ter me procurado,

A distância é um abismo entre nós e mesmo tendo a ponte não a atravessou.

E a velha paixão, sentimento banal continua forte por ti, dor aniquilante que me fere,

Mas minha honra supera qualquer sentimento e vou buscar o antídoto para este veneno,

Eis a paixão o veneno de minha alma, que dói em feridas a todo o momento,

Eis a paixão o veneno de minha alma, que busca maliciosamente minha atenção.

Não mais desejo o veneno da paixão em meu ser, prefiro ser oco e frio para não ser descartável.

- Mensageiro Obscuro.

2005.

Mensageiro Obscuro
Enviado por Mensageiro Obscuro em 30/08/2007
Reeditado em 15/03/2010
Código do texto: T631511
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