Em meu DNA
Se dissesse de todos os meus fantasmas
Dos monstros mais feios que vive em minha mente
Que pelas madrugadas se alimentam do meu medo
Das duras marcas frias da Solidão
Suas garras cravadas sobre os tecidos da minha carne, dilacerando-me os nervos
Rompendo os tendões e quebrando a punho cada frágil osso do meu corpo
Assim que ela entra por dentro de cada célula minha, está pregnada no meu DNA
Marcada como uma maldição;
Como se... Eu vagasse por mim e não me reconhecesse mais
É isso que a Solidão de uma alma sozinha faz abraça o vento e dá as suas mãos ao acaso
Que de um beijo solitário afaga seus lábios gélidos de morte
Um fio de penumbra dançante pelas relvas, tocando à grama verde musgo, cheia de lodo
Cobrindo as flores de inverno com uma camada de melancolia tingida de cinza
Nunca me senti tão sozinha, estando cada parte minha morta, e a vida insistindo em soprar e soprar...
Até que ela não mais me encontre por aqui tocando essa marcha fúnebre e afogando minha rimas em um copo frio de cianeto.