INVERTENDO PARADIGMAS (e falsos valores)
Terra... mundo... vida...
Como melhor seriam... se tudo fosse diferente!
Se invertêssemos seus paradigmas e valores!
Dos muros deste mundo... imundo... derrubados
A não sobrar pedra sobre pedra...
E então, como tudo o mais seria?
E se todos os pensamentos pudessem ser ouvidos... escutados?!
Como o mundo então seria?
Seria, pois o fim da hipocrisia... pelo tanto que mentimos?
E se não pudéssemos esconder nada mais de ninguém?!
Nenhum segredo... nenhuma intenção... ou mesmos nossos amores!
Como seriam as humanas relações?
Poderiam sobreviver?
E se não nos vestíssemos com nossos ridículos rótulos?!
Pelo tanto que nos abrigam e protegem... (e nos disfarçam!)
Oh, quanta ousadia de se estar nu... de alma!
E se todas as intenções fossem altruístas... em toda a terra?!
Haveria ainda sofrimento?... Fome?... Necessidades?... Penúria?...
Ah, maldito e egoísta mundo!
E se não déssemos importância demasiada às coisas?!
Tão mesquinhas!... Tão efêmeras!
Seria o termo de nossas neuróticas ansiedades?
E se enxergássemos melhor as pessoas... sem a ótica do preconceito?!
E, principalmente... nós próprios?!
Pelo o que nossos olhos se encontram embaciados!
E se ficássemos atentos aos detalhes que nos cercam:
Desde uma bela alvorada... uma linda rosa... o sorriso de uma criança?!
Ao que não permitiríamos escapar nada à nossa volta?!
Desta noss’essência tão deveras morta... para tudo...
E se não nos idolatrássemos a nós mesmos?!
Pelo muito que ao nosso ego... afagamos... endeusamos!
E se respeitássemos o direito de todos?!
Da maneira como queremos que os nossos sejam, pois respeitados!
E se todos fossem inteligentes e sábios... todavia, não astutos!
Como, enfim, o mundo seria?
E se todos fossem humildes e generosos?!
Ao que fôssemos realmente compassivos e misericordiosos?!
Como seria o viver?
E se todos os desejos valessem seus sacrifícios?!
Mas, e para que ainda desejos?
E se todos os julgamentos fossem de fato justos?!
E para quê ainda julgamentos... condenações?
Talvez, quem sabe, nem haveriam!
E se não nos vendêssemos?!
E se não existisse o dinheiro ou propriedades?!
E se não houvesse a idolatria pelo poder?!
Pensemos, como de fato tudo seria?
E se não endeusássemos nada nem ninguém?!
Ah, esta nefasta mania de exaltar os que são feitos de pó!
E se pudéssemos voltar à inocência própria da infância?!
E se o amor à primeira vista fosse real?!
Pelo o que confiaríamos em nossos desejos e sonhos!
Ai, que delícia então seria!
E se não existisse medos ou vãos temores!?
Dos mil fantasmas que nós tanto criamos...
E se viéssemos a ser verdadeiramente livres... desapegados de tudo?!
Despidos de toda a cobiça e ganância!
Alforriados de nós mesmos...
E se não mais protelássemos a felicidade?!
E se nos amássemos uns aos outros?!...