O Amor Somente Será Fogo 4

Que paraíso é esse que Jesus, o Cristo, propôs?

Para viver nele, neste estado permanente de bem aventurança, ( nirvana, samadhi, para os orientais), intuo que o Mestre desafia a quem lê-o, que deixe do que é, e migre para aquilo que ilustra em palavras, feixe de siglas. Para a entrada nelas de forma inteira, incondicional, inadmissível o elo com o estado condicionado anterior. Cheira a famosa entrega.

Quem me dera ao menos poder ter enxergado a sombra, o vulto Deste que tanto articulam ter sido Cristo. Queria, mesmo que em meio às palavras trêmulas que sairiam, indagá-lo sobre o “ a que se destina”, este impulso que propõe todos ter para o ato de amar, aceitar, perdoar incondicionalmente. Acreditava na integraçãoo da glória de Deus em nós!

O amor incondicional que se extrai das palavras do Mestre, pede a renúncia ao apego à natureza do corpo, causa e efeito, mente materialista que indica sermos nós o que come, fala,ouve, dorme, fica doente, ama, perde, ganha...morre. A visão parcial com sendo o corpo físico, condena nosso interior a viver o inferno “in vida”, residindo aí a fronteira, deserto que nos separa de nós de nós mesmos.

O irônico é que me pareço íntima deste Ser...Amo-o, aceito-o como mestre. Mesmo depois de eu ter debulhado a história, tentado tirar todos os fiapos da dúvida, não conseguido...Amo-o, me persegue, silenciosamente, me aconselhando, sugestionando com suas palavras de luz deixadas, de que existe um caminho mais fácil para a paz interior.

Pressinto que não estamos sós, existe uma egrégora da qual as verdades que ele disse nos sustém, a hierarquia de luz da qual ele veio, nos assiste.

Dizia que somos peregrinos, e ser possível viver o Reino de Deus dentro de nós mesmo que não é daqui.

Não consigo! Sim! Não consigo encontrar uma fala sequer do Cristo, que colocasse mordaça, impedimento ao direito irrestrito da vida no homem. Pelo contrário, dizia: “Quem não tem pecado, que atire a primeira pedra, setenta vezes sete perdoa o teu irmão”

Se existem causas “supra morais” de exclusão de culpabilidade no homem, por ser “ser humano”, são as falas deixadas por Cristo.

Por Ele, viveríamos num ato de entrega irrestrita à vida, amando, perdoando, aceitando uns aos outros em suas diferença. Vivendo, e deixando viver.

Simples!

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 14/04/2018
Reeditado em 14/04/2018
Código do texto: T6308429
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