Fuligem...
Aprendendo a dizer não...
E permitindo a não se permitir...
A vida alheia quer ser ventrículo...
No colo faz dos joelhos um ritual...
Pedir por desculpas banais...
Aponta...
Gesticula...
E quer refletir-se como exemplo e decepção a todo o momento...
Quem de frágil for cai na depressão, rola nas pedras úmidas do desamor...
Desaparece o seu reflexo e sua personalidade queima em tentar concordar sem segurança de se manter ereto...
E quieto calado diz que sim enterrando sua opinião na lápide respeito...
Que nada mais é que submissão...
Ao seu direito de expressão...
E definha...
E descobre-se ilha...
Num conturbado oceano...
Numa praia vazia...
Areia até o pescoço...
Uma maquina, com controle remoto em outras mãos...
E na desobediência no precipício vai cair e sem socorro vai perecer...
Como se o certo tem um coral de vozes as certezas e o errado só sua voz um monólogo solitário...
Encolhida em sua alma fica e o rosto risca-se num grande espaço nulo, e de coitado se vira um covarde nas línguas cruas de objeto julgador...
E naquela grama verde e farta em que se sentou pensa em outro dia sorriu e hoje nem sua farta grama cresceu...
E os dias lindos findaram nestes dias cinza outonais...
O desanimo nas flores crescem mais...
E maltrapilho no interior do sorriso opaco, na alma congelada que solidifica e as neves cobrem a chama que se apaga...
Perdeu-se num achado de faz tempo e se roda como um novelo de feno,
Uma fuligem...
Uma poluição...
Um pecado...
Sem absolvição...