O Amor Somete Será Fogo 2

Que entrega é esta que Cecília sugestiona em seus Cânticos? Que mensagem profusa Fernando quis inculcar em nós, fazendo passar poder ser ele, com seus heterónimos?

Entre sugestiobamentos e outros, trazidos em versos e prosas pelos mais variados artistas das palavras que nos visitaram na Terra, pela profusão delas na digestão cerebral que faço, somente me resta gratidão! Mesmo àqueles que não conheci, nem li.

Gratidão! Sim! Gratidão! Pelo que induziram, nos ditos e desditos, contorcionismo das escritas que manifestaram em cada nascer do sol . Confusas, às vezes, sinuosas no trajeto, ricas em recheios misteriosos, demonstrando o acuado destes grandes espíritos , não serviram de arma, mas de voz de fundo, mantiveram intocado o espetáculo de uma nota só que ocorria nos séculos na história da humanidade.

Vieram como epicuristas, noutras, disciplinados no valor moral, niilistas convictos, até mesmo, pousaram de chorões, destrutivos, acuados por opção desta miséria afetiva que teciamo-nos nos dias para a esterilidade de alma que aguçava em sua fazedura, tendia ao inevitavel ser humano futuro. Aconteceu.

Platão, Aristóteles, os destacados da história de mundo, anterior e posterior a eles...anunciaram, denunciaram o risco da manutenção da mesmice humana, que eternizaria, inutilidade do uso da faculdade humana de amar, a si e ao proximo.

A montanha, moral e bons costumes, recitamos etiquetas e deveres como rituais, disciplinamos o cérebro a memorizar tudo, ficou o cerne, alma adoecida pelo esquecimento de si mesma.

Judiaçao! O que temos, de nós, de nós mesmos? Se tivéssemos, não seríamos, a não ser o amontoado daquilo que trazessemos como sendo nosso.

Essas areinhas, isso, cada unidade de areia representada como sendo cada um de nós, frente a este infinito mar, vida, donos dos cinco continentes, sentidos do corpo, ficamos expostos a rendição às alguras das inovações que criamos para interagir no mundo exterior, tecnoligias, da informação e da comunicação, sem ao menos sabermos por onde anda a porta de entrada da nossa casa interior.

Caspita!

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 09/04/2018
Código do texto: T6303712
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.