É muito difícil dizer Adeus.

Era uma tarde de domingo e saímos com um proposito.

Domingo sempre fora o nosso dia...

Tinha vento, tinha mar, tinha eu e você, tinha amor.

Mas tinha insegurança, tinha ciúme.

E há dois tipos de amor: o que te balança e o que nem te toca.

Era para tudo ter acabado naquele dia, afinal não daríamos mais certo.

Há um ponto certo para ir-se por amor, e chorar na rua pode ser um deles.

Tem desespero, tem perturbação...

Mas, tem eu e você.

E quando tudo acabou, suas mãos tocaram as minhas mãos frias por culpa do ar condicionado do táxi...

E quando tudo voltou, percebíamos que só é amor aquilo que se vale a pena viver.

O futuro é incerto, por certo: te amo.

Te amo como uma louca que chora quando você se vai,

Mas te amo como uma mimada que não consegue viver sem você.

Se você tiver que escolher entre tudo que te cale e tudo que te fale: escolha amar.

Amar no presente mais presente do verbo.

“amar vos aos outros assim como eu os amei”.

Talvez a minha cruz seja dia 06 do mês 4 de 2018.

Talvez a coroa de espinhos seja o Adeus.

Quanta glória há para quem desiste de estar perto?

Quanta glória há para quem amou tanto que desistiu?

Desistir.

Palavra derivada do coração fazendo companhia com a dor e de brinde um amor. Bem pequeno, numa caixinha no formato de uma aliança... está aí o amor. São flores no tamanho de uma agulha, que cura. Cheire. Você viu? Sentiu? O amor próprio é tudo para recomeçar.

Teve sangue, dor, cruz, espinhos...

Mas, teve amor.

Teve amor no primeiro dia e no ultimo dia bom.

Exale esse cheiro assim como exalas sofrimento por toda a tua linha.

É madrugada, é sexta-feira e vai chegar domingo...

Juntamente, outros corpos, outra visão, outro beijo, outro mundo.

Eu tirei as pequenas flores do porta aliança e guardei lá o nosso amor.

Bebi da fonte da agua do Adeus, mas vomitei amor

Próprio.

Amor próprio do ser que recomeça depois do Adeus.

Há vida?

Há.