Encontro de almas
E na tarde o sorriso cavalgou verdes campos ensolarados
nas linhas do horizonte do rosto dela.
Sorveu no canto dos lábios,
a doce água de beijos que a língua entregou sem receios.
Foi viagem perfeita em carícias nos cabelos e pele macia,
ponteando segredos enquanto amava.
Houve tanta paz e ternura,
que a aventura se deu em múltiplos orgasmos.
Cumplicidade no tempo que desenhou margens na pele,
para que os suores deslizassem e se inundasse;
Colados poros, tal qual única fonte e licor.
Liberdade das horas e brisas que passeou a nudez.
O amor titubeou e caiu lânguido no colo do prazer.
Encontro de almas...
E na tarde foram-se passando sóis
de encontro às estrelas do céu da boca.
Crepúsculo mágico, o sexo se pondo no sexo dela.
Fecharam-se os olhos e descortinaram-se
os sonhos se realizando, no palco da verdade e
da vontade de ambos.
Orvalhou volúpias.
E ficou sereno o olhar colhendo flores
no rosto dela e deixando perfumes nos seios lindos.
Enlaçou a cintura e dormiu aconchegado no seu ventre.