33 Primavera.
Se eu pudesse uma última vez rir
Sem choro ou vontade de parar
Daquele jeito que um dia ri
Sem nenhum esforço no rosto sentir
Sentir vontade e apenas rir
Como se não quisesse parar mais não
Rir com vontade e apenas sentir borboletas no pulmão
Rir sentindo o vento devagar
Levar o que aqui ficou
Sentir o riso e divagar lembrando o que já passou
Rir de mim, dele e de ti
Enquanto a flora aflora em mim
Uma enorme vontade de rir
E me custa crer que esta vontade não esteja em mim
Lá no fundo, lá no fim
Onde o riso é raso
Onde o sorriso surge num longo abraço
Que se mostra em caninos e dói ao sentir o siso
Demonstrando que nada mais quero senão um sorriso
Um olhar espremido e um sincero sorriso
E de você nada espero, além do que é necessário
Do que é preciso
Então te prometo que na próxima vez em que nos virmos
Receber-te-ei com um forte abraço
E você me prometa apenas um sorriso.